Por altura do Natal é típico vender-se na Suécia uma bebida que se serve quente, feita à base de vinho misturado com várias especiarias. É o chamado glögg.

O Ram, o meu amigo indiano que por esta altura já devem conhecer, sempre se revelou contra o álcool. Quer pelas suas crenças religiosas, quer pelo sabor, que ele diz não conseguir gostar. No entanto todos os seus princípios foram revistos desde que provou glögg...

- Pedro, finalmente encontrei uma bebida alcoólica que gosto!
- Mas tu não gostas do sabor do álcool!

- É que esta bebida é diferente. É doce e tem muitas especiarias indianas.
- Ram mas se tu és contra o álcool porque é que insistes em andar a tentar gostar?
- Nem me digas nada que já chegou ter de ouvir a minha irmã ao telefone a perguntar se eu queria desgraçar a vida.
- Mas tens bebido assim tanto glögg?
- Tenho andado a beber antes de ir para a cama. E olha que aquilo funciona, adormeço muito mais relaxado e muito mais depressa. - confessa-me orgulhoso por estar a começar a adoptar costumes ocidentais.
- Estou a ver que andas a encharcar-te bem!
- Pois! Bebo sempre um copo destes antes de ir dormir – aponta para um copo minúsculo, pouco maior que um shot.
- Gaita... mas então quanto álcool é que o glögg tem?
- Pelo que andei a ler 2,2%.


FELIZ ANO NOVO! E para o ano que vem sejam responsáveis. Bebam glögg.

Aqui está a página principal do Sapo de há dois dias atrás. Conseguem descobrir onde está o Jogo da Sueca? (não se esqueçam de ampliar a imagem)


Graças a este destaque tive visitas com fartura e vou finalmente receber o dinheiro da publicidade do Google. E isso são boas notícias também para os leitores: com esse dinheiro vai haver uma surpresa no mês de Janeiro! Estejam atentos! (e pois claro, se quiserem continuar a ter surpresas nos próximos meses é só uma questão de continuarem a clicar na publicidade)

... na noite de consoada sentar-me na sala só entre homens, enquanto as mulheres vão preparando a comida para o jantar.

... é impossível que as luzes triangulares nas janelas das casas passem despercebidas.

... foi este o tempo morei na Suécia numa casa sem chave. Qualquer pessoa podia entrar lá dentro e levar o que quisesse.

... era um empregado de talho a assobiar alegremente enquanto cortava a carne.

Sabe bem a voltar 'a cultura latina. Estou de momento em Madrid, dia 20 chego a Portugal. Ate' ja'!

Em primeiro lugar para assinalar que não sei quando vou voltar a ver esta imagem de Gotemburgo ao vivo.

Em segundo lugar para chamar à atenção que ainda nem eram 4 da tarde, e como podem ver já era quase noite.

Adeus Suécia!

... depois de tanto tempo a viver aqui ir ao super-mercado, dizer à menina da caixa apenas "Olá" e ela responder dizendo a conta em inglês.

Há alguns meses escrevi um post sobre um amigo muçulmano imigrado na Suécia, o Said. Na altura, por princípios religiosos, tinha-se recusado a segurar-me uma cerveja no super-mercado.

Mais recentemente, em conversa com ele:
- Said já conseguiste encontrar trabalho? - perguntei preocupado
- Já. - respondeu-me sem mais comentários
- Então... Mas a fazer o quê?
- A trabalhar no balcão de um bar.

Faltam 7 dias para deixar a Suécia e ainda me restam 7 postas de bacalhau.

Sugestões?

Um dia destes o Ram, o meu colega de casa Indiano, chega ao pé de mim completamente eufórico:

- Pedro tu não vais acreditar! Hoje o comboio ia tão cheio que não parou numa das estações porque não dava para entrar mais ninguém!
- Ena, isso é chato. Então e as pessoas que queriam sair nessa estação?
- Tiveram de sair na estação seguinte e apanhar um comboio para trás! - irradia ele de alegria
- Mas Ram, porque é que estás tão contente por isso?
- É que parecia mesmo que estava na Índia!

... nesta altura do ano costumo dar por mim a fazer habilidades dignas do circo só para não cair no chão, tal é a frequência com que o gelo se acumula no chão.

... até no supermercado, quando estão na fila para pagar, colocam obcessivamente o separador das compras para o cliente seguinte.

Estive a viajar durante a última semana e por isso não tive tempo para responder aos comentários. Espero ainda responder a todos durante o dia de hoje.

... me recordo que quando conhecia alguém pela primeira vez, a sua forma de quebrar o gelo era mandar um arroto e de seguida sacudir a perna para emitir uns gases bem sonoros.