O Ram, o meu colega de casa Indiano, tem um telemóvel novo. É um telemóvel que toca mp3 em alta-voz. Noto que esse facto o tornou numa pessoa mais feliz. Agora ele ouve música indiana 24/7. A qualquer hora, em qualquer sítio da casa, ali está o aparelho sempre a bombar. Ao início foi giro. Partilhávamos os dois o grande som indiano. Quando nos cruzávamos pela casa, lá improvisávamos umas danças malucas e brilhávamos (ele claramente tinha a inspiração das danças tribais, e eu uma mistura entre rancho folclórico e dançarino de alguma discoteca da beira interior). Depois, passados alguns dias de música de telemóvel e de danças eufóricas, reparei que era sempre a mesma música que estava a passar. Ali, em loop infinito. Até à exaustão. E comecei a simpatizar menos com aquele telemóvel.
Um dia destes cheguei a casa depois de um dia de trabalho. Lá estava o Ram a cozinhar e a ouvir a música de sempre, que tocava no altifalante do telemovel:
-Então Ram, como é que correu o dia?
- Muito bem Pedro! - sorriu ele dando um salto e poisando no chão com a perna direita flectida para a frente, e a esquerda completamente em riste para trás, enquanto me apontava uma colher de pau que ia movendo em espiral ao ritmo da música. No fundo parecia um espadachim, versão dona de casa. - E tu como é que estás???
O dia tinha-me corrido mal, e a música do telemóvel não estava a ajudar. Mas como é que eu podia ter coragem para estragar a boa disposição alheia?
- Também tive um dia magnífico Ram! - grito energicamente começando de seguida a emitir sons de perú e a dar pulinhos em torno dele enquanto fingia bater as asas com os braços.
- Ena Pedro! Esta música também te deixa bem disposto, não é?
- É... é... - suspiro eu.
- Mas sabes esta música pertence a um filme indiano! E melhor do que a música é mesmo o filme!
Alto lá! Pára tudo! Mas esta música pertence a um filme?
- Então conta lá mais sobre o filme Ram! - pedi eu já ansioso
- O rapaz que canta esta música é o artista principal do filme. Ele sai com os amigos e perde a mota. Quando chega a casa o pai está furioso e não o deixa entrar enquanto não a recuperar.
- Ah e então ele foi ver se a sacana da mota tinha caido do bolso quando vinha a caminho de casa?
- Não Pedro, houve alguém que roubou a mota. E então ele vai à procura da mota. Só que entretanto faz-se noite e ele tem de ir dormir para o templo. E lá cruza-se com um pedinte que lhe diz “Se vires uma mulher e sentires um fogo no teu corpo até amanhã, então isso é o amor verdadeiro”. Depois quando acorda na manhã seguinte vê uma mulher e sente o fogo em si e sabe que é amor! É incrível não é?
- Ram ele descobriu a mulher e o amor e o catano. Mas se não descobriu a mota, de que é que isso lhe serve?
- Sim, mas depois enquanto tudo isto se passa chega uma pessoa ao templo que queria abençoar uma mota, e ele deu-se conta que era nada mais nada menos do que a mota que lhe tinham roubado!
Para mim a moral da história do filme é relativamente simples. Se vos roubarem a mota, e o vosso pai não vos deixar entrar em casa vão dormir para o templo. Arranjam uma namorada nova e ainda recuperam a mota.
A dúvida depois é com qual é que hão-de ir dar a voltinha.
Fica o videoclip da canção!
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