Na Suécia, em discotecas com luzes fluorescentes, também se encontram pessoas com borbotos na roupa.

... ter a capacidade de sorrir mesmo antes de beber.

... chegar a casa depois de uma noitada e não tresandar a tabaco. Aqui é proíbido fumar em espaços fechados, e a lei é mesmo cumprida.

... ontem fui beber um copo com um amigo Português a um bar, e um Sueco ao ver-nos começa aos berros:
"Viva Italia! Campione del Mondo!"

Quando o meu irmão, o Nuno, me visitou na Suécia apresentei-lhe o Hector, Mexicano. Este apressou-se a explicar-lhe a sua técnica de engate nas discotecas locais:
- Então é assim Nuno, vês uma rapariga que gostes e vais dançar para o pé dela. Depois ficas lá algum tempo a marcar o ponto. Quando vires que está na altura certa dizes-lhe que te vais embora e perguntas se não quer ir contigo.
- Mas isso funciona assim tão facilmente?
- Epá, não. Mas se ela vier excelente, se não vier aqui não dão chapadas.

... dou a provar aguardente portuguesa a Suecos e, ao beber um trago, saltam da cadeira e correm a tossir para um sítio mais arejado.

... eu contra-argumento que o álcool continua a ser muito caro.

... tem de ser mesmo para embebedar.

... que quando confinados a um espaço fechado, seja bar ou discoteca, os Suecos não têm grandes problemas em soltar os seus gases intestinais.

... chegar a uma discoteca onde está uma fila de meia hora e, através de engenharia social, arranjar um esquema para ir para a frente.

... saio à noite em Estocolmo.

Este post é dedicado aos demasiados amigos cujo tipo de conversa minimalista que insistem em ter comigo é:

Amigo diz: Então tudo bem?
Pedro diz: Tudo, e contigo?
Amigo diz: Também. Então e as suecas estão boas?

Pois bem, o mito da Sueca loira, burra e fácil não passa disso mesmo. Um mito. A mistura de culturas na Suécia é mesmo muito grande e as loiras não são assim tantas.

No entanto ainda estou para entender o fenómeno da noite Sueca. Não sei de onde aparecem tantas loiras. E a noite de Estocolmo é o expoente máximo.

Deixo-vos algumas fotos da noite e da discoteca em que estive em Estocolmo.

E deixo uma mensagem importante: pessoas demasiado sensíveis não devem seguir a leitura deste post. A sério. Choro, cabeça a deambular insististentemente da esquerda para a direita com os olhos fixos no ecrã, e o grito "MAS PORQUÊ???" ou "MAS COMO???" são alguns dos sintomas.

Tenham cuidado.






















As cartas foram mal baralhadas. Os adversários têm trunfos a mais para o meu jogo.

... ver uma bandeira de Portugal na janela de uma casa, bater à janela e conhecer o dono

... chegar a uma estação de autocarro e perguntar a uma rapariga "comé, tá-se bem?" e ela responder "tá-se bem"

... ir no metro e comentar: "este cota podia ser tuga" e ele virar-se e dizer: "ó amigo, a próxima paragem é T-Centralen"

... estar numa discoteca e aparecerem duas raparigas a perguntar: "vocês são portugueses, não?"

... nunca ser barrado para entrar em qualquer bar ou discoteca. Os porteiros só perguntam se estou na lista de convidados.

... enquanto se está na fila vão sendo oferecidos cafés e bolinhos.

... assim se bebe na Suécia. E o pior é que não estou a exagerar.

Na Suécia são de extremos no que toca a festa e trabalho.

Quando se trabalha não há lugar a desconcentrações. Quando se faz festa tem de ser beber até cair para o lado.

O mais interessante aconteceu ontem. Na Suécia existe a cultura da festa da 5ª feira. É  um acontecimento que junta os colaboradores de uma empresa, com os seus clientes. E a festa de ontem foi na minha empresa. A partir das 15 horas todos os clientes estavam convidados a comparecer nos nossos escritórios.

Resumo o desenrolar da festa a dois pontos essenciais:

• os mais foliões só acabaram a festa depois das duas da manhã

• hoje só estão presentes cerca metade dos colabores na empresa

O fim da noite foi uma homenagem a este blog: os resistentes acabaram a jogar cartas. Mas infelizmente não ao Jogo da Sueca

... conhecer uma Espanhola e discutir quais são as principais diferenças entre a língua Portuguesa e Espanhola

... conhecer uma Italiana e partilhar os sítios maravilhosos que o seu país tem para nos oferecer

... conhecer uma Argentina e acusá-la de terem criado o formato da Floribella


Fica aqui um pequeno tributo ao Jogo da Sueca, para ser cantado com o refrão da música da Floribela:

Não tenho nada, não tenho tenho trunfos,
Sou pobre em copas, mas rico rico em ouros,
Mas não me importa porque sou batoteiro
Eu faço renúncia e sou o campeão verdadeiro.

... estar completamente sozinho na cidade, sem conhecer ninguém

... ter de sair sozinho num Sábado à noite

... encontrar o bar mais internacional cá do sítio

... e começar a estabelecer os primeiros contactos com o barman, a "barwomen", um Espanhol, um Marroquino, um Grego, uma Portuguesa e uma Sueca

... ser convidado para um evento de promoção da IBM onde as cervejas são à descrição

... ter alguém que vos convida para ir beber só uma cerveja mas que não descansa enquanto não vos embebeda