Pensava que a minha auto-disciplina ia melhorar substancialmente, assim como que por milagre, só por estar num país mais rigoroso.
Mas vejamos como tem sido o meu dia a dia para apanhar o comboio das 7h23:
2ª feira: Chego com um rigor Sueco às 7h20. Apanho um balde de água fria porque o comboio foi cancelado e só vem outro às 7h38.
3ª feira: Chego mesmo em cima da hora. Digamos 7h22. Mesmo assim ainda tive de esperar 3 minutos porque houve um atraso.
4ª feira: Oh não, já é tarde!!! Sai uma corrida e só chego à estação às 7h27. Tive sorte porque o comboio estava 4 minutos atrasado. Cheguei mesmo a tempo.
Mas até tenho medo de pensar na hora que vou chegar amanhã à estação.
Aguenta lá mais um bocadinho que já jogo a carta!
Primeiro dia de Suécia, altura ideal para tratar da burocracia.
Poucas filas, como já suspeitava. Muita rapidez, como já previa. Atendimento esclarecedor, como já esperava.
A surpresa chegou então na secretaria da escola onde se ensina Sueco para imigrantes. A senhora do atendimento trocava alegremente entre duas tarefas de produtividade muito questionável. Ora fazia uma pesquisa no google, ora cortava as unhas com a tesoura do escritório.
Pensa o caro leitor então que podia ser uma funcionária pública Portuguesa. Pois desengane-se. Na altura em que me dirigi para pedir informações dignou-se a olhar-me nos olhos, a dar-me todas as informações detalhadamente, e a acompanhar-me com muita cortesia ao local onde me devia dirigir de seguida.
Mas para a história fica o seguinte: da próxima vez que se dirigirem a uma repartição de finanças e virem o Sr. Costa a palitar os dentes com o clip que ainda vai usar para os vossos impressos, lembrem-se que podiam perfeitamente estar num pais civilizado.
Dia da partida. É giro. De há uma semana para cá que tenho sentido tudo como sendo a última vez. A última vez que vejo o amigo. A última noitada com a malta. A última volta de bicicleta com o meu irmão. A última vez que a minha mãe me prepara aquele bacalhau com natas. A última vez que estou a uma 3ª feira em Lisboa.
Já me candidatei há 8 meses para sair de Portugal. Desde sempre estive seguro desta minha opção. Ter mais uma experiência além-fronteiras era mesmo o que queria. No entanto esta melancolia de última hora faz-me questionar se vale a pena.
E dou-me conta que sou mesmo parvo: porque me conheço bem, e ainda insisti em querer acreditar que não queria sair de Portugal. A prova viria mais tarde.
Escala em Amsterdão, 11 da manhã. tenho de esperar 4 horas pelo próximo avião e decido encontrar-me com a minha prima Marisa na cidade.
Foi um tempo bem passado onde deu para tudo: pôr a conversa em dia, apreciar a cidade pelos seus bairros mais conhecidos, conhecer a irritante chuva molha-parvos que insiste em não dar tréguas e de voltar a ter a sensação de estar num sítio onde existe tudo por descobrir. Foi decisivo. A melancolia já tinha ficado para trás.
A partir daqui acrescenta-se um vôo para Gotemburgo, e uma viagem até ao local da cidade onde iria ser hospedado. O tão badalado rigor dos países nórdicos decidiu desde logo presentear-me com uma inesperada surpresa: o senhorio da casa onde eu iria ficar hospedado chegou atrasado.
Mas cá estou. São e salvo mas muito cansado. A dar mais uma cartada decisiva neste jogo da sueca. Cheguei a mudar de ideias, mas agora sei o que quero: Jogo mesmo um Às. De certeza que todos vão encartar.
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